Fatores Humanos na Segurança Operacional
- Oceanica 2
- 24 de abr.
- 2 min de leitura

A Oceânica tem se comprometido cada vez mais em abordar a disciplina de Fatores Humanos junto aos colaboradores, reconhecendo a influência do comportamento humano na ocorrência de acidentes e incidentes laborais. Desde 2022, temos implementado diversas iniciativas focadas nesse tema, e em 2024 avançamos com a contratação da empresa externa Motivarte para desenvolver um treinamento especializado em Fatores Humanos, com foco nas lideranças e multiplicadores.
No dia 20 de janeiro, foi iniciada a primeira turma do Treinamento de Fatores Humanos na ZEN promovendo a conscientização e incentivando todos os colaboradores a adotarem práticas seguras e responsáveis, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e humano.
O treinamento será feito como todos os colaboradores da Oceânica. O objetivo é destacar que, para alcançar a excelência em segurança, não basta apenas seguir regras, processos e procedimentos, é essencial que todos assumam a responsabilidade por manter um ambiente seguro.
Uma ferramenta fundamental que vem sendo disseminada destes treinamentos é o método PPA (Parar, Pensar e Agir). Essa abordagem promove a mudança de estado comportamental, influenciando diretamente a segurança no trabalho ao incentivar decisões mais conscientes e seguras antes da execução de qualquer atividade. O PPA reforça a atenção plena e a avaliação de riscos em tempo real, prevenindo incidentes.

Paralelamente ao processo de capacitação, que fortalece a aplicação do PPA, a empresa busca integrar esse conhecimento sobre os comportamentos humanos às práticas de identificação e mitigação de riscos. Em fase de implementação, uma nova ferramenta está sendo disseminada na empresa, a “Análise de Risco Individual”. Trata-se de uma avaliação rápida que agrega a perspectiva dos Fatores Humanos. Assim, o colaborador avalia sua condição para execução da atividade sob o ponto de vista de seus sentimentos e emoções, associada a identificação de perigos e riscos da tarefa já mapeados através ferramentas de análises de risco.
A partir de indicadores comportamentais conseguimos identificar padrões de comportamento que podem impactar a segurança do trabalho. Eles são amplamente utilizados em setores com atividades críticas, como aviação, saúde e indústria offshore, para melhorar a conscientização situacional e reduzir falhas humanas.
Por exemplo, em um cenário operacional, um indicativo seria a "consciência situacional" que pode ser observada quando um trabalhador sai do piloto automático, percebe mudanças no ambiente e age proativamente para evitar um incidente. A capacidade de "comunicação" é um outro marcador que se reflete na clareza com que uma equipe transmite informações críticas durante uma tarefa, e o comportamento de “trabalho em equipe” demonstra a colaboração e apoio mútuo entre os colaboradores.
Na prática, isso se traduz em operações mais seguras e na construção de um ambiente onde a segurança se torna um reflexo natural das ações individuais e coletivas.

No contexto da Oceânica, a integração do PPA com a Análise de Risco Individual tem potencial para impactar positivamente diversas situações operacionais críticas, como:
Troca de turno/tripulação
Planejamento e execução de operações críticas ou não rotineiras
Resposta a emergências e gestão de crises
Operações simultâneas (SIMOPS)
Içamento e movimentação de cargas
Inspeção de estruturas submersas com ROV
Inspeções e manutenção de equipamentos estruturas com mergulhadores

A capacitação da força de trabalho, aliada a adoção destas técnicas representa um avanço na cultura de segurança da Oceânica, tornando a avaliação de riscos mais acessível, dinâmica e integrada ao comportamento humano.
Commentaires